quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Expedição Serra da Canastra


Nos primeiros dias de 2012 aproveitamos nosso período de recesso para realizar uma expedição para a Serra da Canastra em Minas Gerais, cumprindo um roteiro planejado para estabelecer um trajeto mais aproveitável possível considerando as diversas opções de atrativos da região.



A equipe formada por 9 integrantes distribuídos em uma Defender e uma L200, saiu de São Paulo no dia 3 (terça-feira) pela manhã, a caminho de São João Batista do Glória, às portas da Serra da Canastra, que seria nosso primeiro destino.

Em quase uma semana de expedição, foram quatros pousadas diferentes, mais de 1200 kms rodados dos quais aproximadamente 300 em estradas de terra, trilhas, montanhas, planaltos, picos e vales que ofereciam as mais variadas paisagens a perder de vista.

Chegamos ao "Glória" por volta de 16hs. Andamos ainda pela região para tirar algumas fotos antes de nos hospedarmos na pousada da simpática D. Aída, de onde demos prosseguimento a missão no dia seguinte.


Um belo dia de sol se descortinou e logo após o café rumamos para São José do Barreiro passando pela Cachoeira do Facão onde tomamos um refrescante banho em suas cristalinas águas de fundo dourado.




Depois disso subimos a Serra Calçada de onde se tem uma vista privilegiada de todo o trajeto já realizado...





Logo depois do belíssimo Vale da Babilônia, que dá acesso a trilha da Serra Branca, pegamos o acentuado aclive com piso de pedras, brancas e quebradiças onde testemunhamos um belo por do sol:


Chegamos então a Estrada do Carvão, onde percorremos alguns quilômetros em meio a muito gado, atravessando muitas porteiras em um imenso chapadão, para então finalmente chegarmos a surpreendente Serra do Rolador, um desafiante trajeto off road com muitas pedras, lamaçais e erosões com forte declividade que aliadas ao breu da noite, tornaram a aventura bem mais "divertida".

Infelizmente, a escuridão, a adrenalina e a tensão acabaram impedindo que nos lembrássemos de documentar esse trecho com fotos. Falha que só nos demos conta depois das 22hs, quando finalmente chegamos a SJ do Barreiro para enfim conseguirmos jantar e descansar para enfrentar a programação prevista para o dia seguinte.

Após o saboroso café da manhã saboreando o queijo canastra de frente para o paredão da serra, partimos em direção a São Roque, quando atravessamos o "Velho Chico" pela primeira vez nesta empreitada.




Aproveitamos o dia conhecendo a cidade e indo até a portaria da parte alta para coletar mais informações...



E ainda deu tempo de curtir mais uma linda e curiosa cachoeira "dupla" - com duas quedas paralelas!





Voltamos então no dia seguinte munidos de todos os apetrechos necessários para incursionar na parte alta do parque, onde nossa primeira parada foi no interessante "centro de visitantes".







O segundo ponto de parada foi na parte alta da Cachoeira Casca Danta, onde pudemos vislumbrar do alto todo o poder das águas do São Francisco até onde a vista alcançava.




Depois de muitas fotos, retomamos o caminho sentido Sacramento, quando fomos surpreendidos pela exibição deste belíssimo exemplar de veado campeiro que se alimentava tranquilamente seguido por seu filhote...




Mais uma vez nos surpreendemos quando ele resolveu atravessar calmamente a estrada oferecendo mais uma ótima "pose" para as fotos.


Abaixo, algumas imagens da bela e curiosa "Sempre Viva", símbolo da Canastra.



A Garagem de Pedra.


A pegada "fresquinha" da Jaguatirica, comum nesta região, segundo informações dos especialistas do Centro de Visitantes.


Gavião Carcará, abundante nestas paragens.


E finalmente, a famosa nascente do Rio São Francisco:






O lugar transmite uma sensação de comunhão e sinergia tão grande com a natureza que até os pássaros do local, como na tradicional imagem de São Francisco, certamente curiosos, aproximavam-se atrevidamente - principalmente das crianças - que em dado momento, puderam até tocá-los.


Mesmo depois de uma tentativa frustrada de chegar até a Cachoeira do Fundão - em função da trilha de dois quilômetros de trekking sob chuva ininterrupta - retornamos para São Roque satisfeitos com as conquistas do dia e ansiosos pelo dia seguinte, quando iríamos para a parte baixa do Parque Nacional da Serra da Canastra, onde pudemos ver a imponente Casca Danta por outro ângulo:







O enorme volume de água causa um forte deslocamento de ar que traz consigo uma ducha gelada que atinge até 50 metros de distância... ou seja, é impossível manter-se seco diante dos 186 metros da queda d´agua.



Neste dia ainda pretendíamos pegar o "Caminho do Céu" mas ao chegar no Vale da Babilônia novamente, em razão do adiantado da hora e das informações de dificuldades para subir a serra, resolvemos "pousar" por ali mesmo para seguir o planejamento com mais calma e com o auxílio da luz do dia.



A "canastra" que deu o nome a serra:


Antes do jantar, papeando e relembrando as "peripécias" do dia na mesa da pitoresca pousada Babilônia que já foi uma fazenda de gado leiteiro.


O simpático Reinaldo nos recebeu muito bem e descobrimos inclusive que ele já era um famoso artista "global"... abaixo você pode conferir na matéria do Globo Rural que é bastante interessante apesar dos 15 minutos de duração.


Logo ao amanhecer, uma vista das montanhas do vão da Babilônia:


E a foto de despedida com o Reinaldo!


E finalmente, no início do "Caminho do Céu" a primeira "dificuldade"... uma manobra resultou em um atolamento que só se resolveu com o auxilio de guincho.










Começamos a descer sentido Delfinópolis por volta de 14hs, chegando a balsa as 16hs.




Depois disso, chegamos definitivamente ao asfalto onde consideramos a aventura terminada.

Confira em nossa agenda os detalhes para a próxima aventura na Serra da Canastra que será de 28 de abril a 01 de maio.

Agradeço aos parceiros Isaias, Débora, Ignês e Verônica, que deram o tom familiar a nossa aventura com muita paciência e coragem, além da minha família, Leda, Yago, Thales e Milton, o "navegador"!!

Até a próxima!!


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2 comentários:

  1. Sua fotos ficaram lindas. Coisa de profissional. Aquele lugar que você atolou, depois de uma chuva brava, é bem complicado de passar. Mais a frente, sentido Delfinópolis, tinha outro local pior, mas que vc deve ter percebido que fizeram um trajeto alternativo ao lado ao anterior que era à beira de um precipício e com uma terra vermelha e lamacenta que quando chovia dava gosto de ver a quantidade de carros atolados. Abraços. Ana

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    1. Obrigado pelos elogios Ana!! Em relação ao ponto de "atolagem", foi até divertido... enfrentamos muitas situações piores na Serra do Rolador e a noite... e justamente em um ponto que não tinha muita dificuldade, acabei ficando! Mas foi bom pra exercitar o guincho! rsrs!! Mais uma vez, obrigado pela colaboração e por acompanhar nossas aventuras!!

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