quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Bonito/MS - 2ª parte - Rio Sucuri e Abismo Anhumas


Ainda no dia 19, depois da Gruta do Lago Azul, fomos para a nascente do Rio Sucuri, onde após saboreamos um farto e saboroso almoço tradicional "sul-matogrossense" caímos nas águas translúcidas do Rio Sucuri para um tranquilo "snorkeling" de aproximadamente uma hora, onde filmamos e fotografamos vários cardumes de Piraputangas e Curimbas além de outros pequenos peixes.


Uma das várias nascentes:



Mesmo com chuva, a flutuação pelo rio Sucuri foi muito proveitosa! A visibilidade é incrível e os cardumes de peixes nos acompanham o tempo todo. A vegetação submersa também é muito bonita e o fundo do rio é forrado de cascos de caramujos brancos.







Ao fim do snorkeling no rio Sucuri, saimos em uma plataforma para pegar o carro de volta por três quilômetros até a sede da fazenda. O frio apertou e junto veio uma garoa fina que piorava a sensação térmica.

Mas mesmo com frio e garoa a noite da sexta ainda reservava o treinamento indoor para as atividades do Abismo Anhumas no dia seguinte.

O treinamento consiste basicamente em treinar a técnica de ascensão com jumar e descida de rapel com freio descensor tipo "stop" em uma plataforma "indoor" de mais ou menos 5 metros de altura. Feito isso, apenas experimentei a roupa de mergulho para o dia seguinte e voltei para o Hostel para descansar.

A noite foi curta e o sábado, dia 20, começou cedo. As 6h30 já estávamos tomando café no Hostel para sair as 7h00 para o Abismo Anhumas... desta vez em um taxi convencional.


Chegamos na entrada do abismo por volta de 7h45 e as 8hs já estávamos fazendo o incrível rapel de 72 metros iniciando em uma fenda com pouco mais de meio metro de largura.


Como dito antes, o clima já havia mudado no final do dia anterior e a temperatura caiu muito graças a uma frente fria que segundo o pessoal de Mato Grosso do Sul, é muito comum no mês de agosto. Notem que iniciei a descida todo "encapotado"!




A fenda logo se abre dando uma visão mais ampla da plataforma sobre as límpidas águas do Anhumas e do Abismo em si.



É uma imensa caverna com uma parte maior que um campo de futebol totalmente submersa, resultado de milhares de anos de infiltrações de água na rocha calcária que erudiu e abriu a enorme cavidade com inúmeros espeleotemas como estalactites, estalagmites, travertinos, cortinas e gigantescos cones submersos, um dos quais inclusive é o maior do mundo catalogado com 18 metros de sua base até sua ponta ainda debaixo dágua.



Após todo o deslumbramento com a beleza inigualável da caverna, passei a me preparar para a atividade principal: O mergulho.

O trajeto é todo roteado por um cordelete e somos acompanhados por um “mergulhador-guia” especializado no abismo, mas mesmo assim mergulhar na escuridão de mais de 80m é “tenso”!

Mergulhei com duas lanternas, uma na mão e outra a tira-colo e a filmadora acionada pra pegar todos os detalhes possíveis... infelizmente, como podem ver (ou não podem ver) nas imagens, as condições de luz não ajudaram muito e a maioria das imagens ficou sem qualidade.


Confira o vídeo:



Com a temperatura ambiente beirando os 14ºC e a água a constantes 16°C a sensação era que a água estava morna mas o neoprene também ajudava muito.


Na maior parte do trajeto a escuridão é quebrada apenas pela luz das lanternas e pela pouca claridade que entra pela boca do abismo e, refletindo em suas paredes, deixa transparecer a floresta de imensos cones de calcário na água pura da caverna...



Depois de quase uma hora de mergulho saímos da água para, aí sim, começar a sentir frio! A água gelada não era nada comparado ao vento da caverna no corpo molhado.


Depois do mergulho fomos dar uma volta de bote para conhecer os cantos secos da caverna e logo começamos a nos preparar para o retorno...



Utilizando uma técnica de subida por corda com ascensor (conhecido como "jumar") muito utilizada na espeleologia, passamos a subir de volta os 72 metros de altura até a entrada do abismo.

Com essa atividade toda, o frio logo deu lugar ao calor. Ainda que a técnica tenha sido passada e repassada, "jumariar" por 72 metros sempre negativos cansa e após quase 10 paradas para descansar, finalmente saímos pela fenda por onde os intrépidos turistas/aventureiros ressurgem.

Eram por volta de 15hs quando saímos e retornamos a cidade na divertida companhia dos guias e operadores de rapel. Foi apenas o tempo para outra sensação tomar conta do corpo... A fome!

A maioria dos restaurantes de Bonito oferecem desde o tradicional até carnes exóticas como de diversos peixes da região, passando por avestruz e até carne de jacaré, entre outros. Para uma “almo-janta” preferi experimentar o filé de Dourado ao molho do chef no restaurante Aquário... simplesmente incrível. Recomendo!

Depois desta aventura, o domingo tinha que ser mais leve e programamos uma atividade de observação de pássaros no “Buraco das Araras” e uma flutuação no Rio da Prata! Mas... nada disso! Confira na próxima e última parte!

Até a próxima!


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