domingo, 28 de março de 2010

Apresentando: TAC Stark.


Design arrojado, bom desempenho - ágil e versátil - mas com custo posicionado acima de seu principal concorrente. O Stark, novo veículo 4x4 nacional produzido pela TAC ("Tecnologia Automotiva Catarinense"), pode ser bem resumido desta forma.


Projeto iniciado quase artesanalmente em meados de 2004, ensaiou várias investidas no mercado "fora de estrada" até chegar ao modelo considerado ideal, lançado finalmente este ano, com ar condicionado e direção hidráulica de série, para concorrer na categoria do já consagrado Troller.


Hoje com o mesmo motor da Fiat Ducato (2.3 diesel com turbo intercooler), desenvolve 127cv a 3600RPM. Com câmbio Eaton de 5 marchas, tração 4x4 e reduzida Borg Wagner acionada por alavanca mecânica tradicional, conta ainda com diferenciais Dana 44,3 e com bloqueio eletrônico de 70% no eixo trazeiro;


A suspensão independente com braços "duplo A", molas helicoidais e amortecedores duplos em cada roda (com curso de 160mm na dianteira e 180mm na traseira) garante um rodar "firme" mas bastante confortável. Os pneus originais são os Pirelli Scorpion ATR 255/70 R16, mas aceita bem um modelo de 33" segundo a concessionária. Os freios são hidráulicos com ação nas quatro rodas que contam também com discos ventilados;



Altura mínima livre do solo de 24cm, ângulo de ataque em 49°, ângulo de saída em 44° e 45° de inclinação lateral máxima, além de altura de submersão tolerável de 84cm sem snorkel.

O consumo misto (cidade/estrada) fica entre 9,5 e 10,5km/L o que lhe garante uma autonomia de aproximadamente 700 kms com seu tanque de 70 litros, transportando seus 1.635 quilos.


Impressões ao dirigir:

Analisado um veículo com pouco mais de 1000 kms rodados, incluindo aí uma ou duas trilhas, segundo o responsável pelo "test drive" - oferecido pela concessionária "Auto Toy", responsável pela comercialização do novo jipe em São Paulo - o robusto jipinho não decepciona na primeira impressão e o nível de ruído interno é mínimo, apesar dos diversos acabamentos em plástico.

O espaço interno é suficiente para o padrão brasileiro, mas uma pessoa com mais de 1,75 de altura, certamente se sentirá um pouco apertada. A posição de dirigir, entretanto, é boa e todos os comandos do painel ficam bem ao alcance das mãos, sem necessitar esforço. Detalhes como espelhos em ambos os "quebra-sóis", porta óculos no teto e pisca nos retrovisores dão um ar de modernidade que pode atrair o sexo feminino (além do design externo).



Os bancos trazeiros comportam apenas duas pessoas "pequenas"... pequenas mesmo, pois o acesso também não é fácil. O porta malas é muito semelhante ao do Suzuki Vitara, mais conhecido como "porta-valise".




As marchas têm engate bem justo, mas precisos. Outro detalhe do câmbio é que a primeira marcha é bem curta, o que proporciona uma boa arrancada. A reduzida foi testada em uma ladeira de aproximadamente 30° em curva e demonstrou bom desempenho, arrancando normalmente em segunda marcha.


Infelizmente o tempo disponível para o test drive, não permitiu o teste em terra ou barro - que foi prometido para próxima oportunidade.

Vale citar:

Uma estrutura tubular - com "santo antônio" embutido - envolve todo o habitáculo, o que busca proporcionar mais segurança aos ocupantes em caso de capotagem;


Na lateral direita dianteira, existe um corte para o encaixe do snorkel personalizado que a própria TAC já está desenvolvendo, assim como outros acessórios, como bagageiro e engate trazeiro;


No painel, um "aviso" luminoso indica quando a tração está acionada;


Trio elétrico, ar condicionado e direção hidráulica são ítens de série e as cores disponíveis são as tradicionais Branca, Vermelha e Amarela (a que caiu melhor), além de Preto e Verde;


A estrutura interna é de resina reforçada com fibra de vidro e parte da carroceria é de termo-plástico ABS de alto impacto, o que resulta em menor peso, maior flexibilidade e vida útil.

O "chassis tubular" não é exatamente uma novidade neste mercado, já tendo sido utilizado anteriormente em outros jipes que abandonaram este sistema. Vamos ver se agora emplaca.



Temos em São Paulo, a concessionária Auto Toy na Avenida dos Bandeirantes, 3501 em Moema e duas oficinas autorizadas, sendo uma no interior e outra na capital. No Sul, além da própria fábrica em Joinville, ainda existe mais uma oficina autorizada em Blumenau. A tendência é que essa rede cresça de acordo com o sucesso do projeto.

Conclusão final:

Como citei antes, no meio urbano o Stark se mostrou ágil e robusto, chamando atenção por onde passava. Infelizmente não foi possível testá-lo na terra ou no barro, mas é evidente que o conjunto demonstra bastante potencial e versatilidade para essa categoria e acredito que com um snorkel, pneus adequados e um bom guincho, ele não deixará nada a desejar quanto a desempenho na trilha em relação ao seu principal concorrente.

Agradecimentos ao Fernando Gennaro da Auto Toy (ou Chamonix) pela oportunidade de fazer este teste.


Até a próxima!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Catástrofes "naturais"?


Só nestes últimos tempos... Terremotos devastadores (Sumatra, Haiti, Chile, Japão e agora até em Caruaru/PE), grandes Tsunamis (Sri Lanka, Tailandia e região em 2004 e Chile, Havaí, Ilha de Páscoa entre outras do pacífico agora) e ondas gigantes, Furacões (Nova Orleans nos EUA, Europa, Ásia e até Santa Catarina na América do Sul), Enchentes e deslizamentos, (Peru, Espanha, França, Portugal, Madeira, Ilha Grande no RJ, Campo Grando no MS e agora em Uganda na África), incêndios florestais (Grécia, Califórnia, Roraima e outros) e temperaturas extremas de lado a lado (40° no sul do Brasil, -40° nos EUA e "apenas" -10° no Canadá - quando se esperava os 40 negativos), na Antartida uma geleira do tamanho das cidades de São Paulo e Rio se desprendeu ameaçando invadir as correntes marítimas com água doce além de auxiliar consideravelmente no aumento do nível dos oceanos que sobe além das previsões mais pessimistas... isso sem contar as novas doenças e pandemias que ameaçam diretamente nossa saúde.

Que recados mais a natureza precisará mandar para que entendamos?

Muitas coisas são realmente inevitáveis, mas felizmente a maioria é pelo menos "adiável"... hoje, comprovadamente, está fora do nosso alcance evitar a colisão de um asteróide com o nosso planeta... mas questões ambientais, como o aquecimento global, sofrem nossa lenta e determinante influência e somente nós podemos acelerar ou atrasar esse processo, que segundo os cientistas, também é inevitável... mas acredita-se que ainda seja adiável.


Pense, reflita... Mas saiba que apenas isso não basta. Somente a atitude faz diferença... nem sempre apenas a intenção é o que importa.

Até a próxima!!